Colchão inflável ou colchonete: qual é a melhor opção para camping?

Se tem uma dúvida que aparece em praticamente todo grupo de campistas (seja de primeira viagem ou veterano de barraca), é essa aqui: levo um colchão inflável ou um colchonete? Qual será que é melhor?

Eu já testei os dois em várias situações: desde acampamentos mais tranquilos com o carro por perto até perrengues no meio do mato. Posso te dizer com tranquilidade que cada um tem seus pontos fortes… e também suas pegadinhas.

Aqui, a ideia é bater um papo sincero sobre os dois. Vamos colocar lado a lado conforto, praticidade, clima, e até aquelas situações inesperadas que só quem já acampou sabe. No final, você vai conseguir entender qual dos dois combina mais com o seu estilo de camping — seja ele raiz, nutella ou um meio termo bem equilibrado.

Vamos falar a real: ninguém merece acordar no meio do mato com a coluna pedindo socorro, né? O conforto na hora de dormir é um dos pontos mais importantes no camping — principalmente se você pretende fazer trilha no dia seguinte ou só quer curtir a natureza sem cara de zumbi.

Colchão inflável:

Se o assunto é conforto, o colchão inflável sai na frente. Deita nele e pronto — já dá aquela sensação de cama de verdade. É ótimo pra quem tem problemas de coluna, dorme de lado ou simplesmente não abre mão de um sono gostoso. Dá pra ajustar a quantidade de ar e encontrar o ponto ideal, mais firme ou mais macio. E tem modelos de casal, com encosto, até com “cabeceira”! Uma beleza.

Mas ó: ele exige um pouco mais de paciência. Precisa encher (manual ou com bomba elétrica), ocupa mais espaço e, claro, pode furar. Já pensou acordar no chão duro às 3 da manhã? Pois é…

Colchonete:

Agora, se você é do time “menos é mais”, o colchonete pode ser o seu melhor amigo. Ele é simples, resistente e cumpre bem o papel — principalmente se o terreno for plano e o acampamento for só por uma ou duas noites. Além disso, é ótimo pra quem vai de mochila nas costas, porque é mais leve e não precisa de nada pra montar.

A parte ruim é que ele não tem muito amortecimento, então se o chão for pedregoso ou você estiver mais sensível (depois de horas de trilha, por exemplo), pode ser que a noite não seja das melhores.

Praticidade e transporte

Na teoria, dá vontade de levar tudo que promete conforto, né? Mas na prática… é outra história! Quando chega a hora de organizar a mochila ou o porta-malas, a gente percebe que espaço e peso contam (e muito!).

Colchão inflável:

Aqui ele já começa a perder alguns pontos. O colchão inflável, mesmo dobrado, ocupa um bom espaço. Sem falar que você ainda precisa carregar a bomba (seja manual ou elétrica), e às vezes até um kit de remendo “vai que fura”. Em um camping estruturado, com o carro por perto, isso não é um problema. Mas se a ideia é andar bastante ou montar acampamento em lugar mais isolado, ele vira um trambolho bem pouco prático.

Ah, e se acabar a bateria da bomba elétrica ou esquecer a manual? Prepare o pulmão ou… aceite a derrota por uma noite

Colchonete:

A praticidade é o ponto forte do colchonete. Ele é leve, enrola fácil e dá pra prender do lado de fora da mochila. Nada de peças extras, nada de inflar, nada de risco de furar. Por isso, ele é o queridinho de quem faz camping selvagem, trilhas ou bikepacking.

Claro, ele não tem o mesmo conforto de um colchão, mas nesse tipo de aventura o lema é “menos peso, mais liberdade”. E nisso o colchonete dá show.

Durabilidade e manutenção

Quem acampa com frequência sabe: equipamento bom é aquele que aguenta o tranco e não te deixa na mão no meio do mato. E quando a gente fala de colchão inflável x colchonete, esse tema fica ainda mais importante.

Colchão inflável:

Vamos ser sinceros: o colchão inflável é ótimo… até furar. E isso pode acontecer mais fácil do que parece — uma pedrinha escondida, um galho seco mais pontudo, ou até o cachorro do vizinho do camping. Quando ele fura, você até pode tentar consertar com os kits de reparo, mas nem sempre dá certo, principalmente se o furo for pequenininho ou em local difícil de alcançar.

Além disso, ele exige um pouco mais de cuidado no armazenamento. Tem que secar bem antes de guardar (pra evitar mofo), dobrar direitinho, não deixar no sol direto por muito tempo… enfim, um certo “mimo” que nem todo mundo quer ter.

Colchonete:

Agora, o colchonete é quase à prova de aventura. Não tem ar pra escapar, não rasga fácil, pode ser jogado no chão sem dó — e continua ali, firme e forte. É daqueles que você usa por anos sem grandes preocupações. Sujou? Passa um pano. Molhou? Deixa secar no sol e pronto. Manutenção zero.

Além disso, ele não tem partes que exigem cuidados extras, nem precisa de equipamento pra funcionar. É aquele parceiro que você enrola, prende na mochila e sabe que vai estar lá te esperando no fim do dia.

Clima e isolamento térmico

Dormir bem no camping vai muito além de conforto — em noites frias, o isolamento térmico vira questão de sobrevivência (ou pelo menos de não acordar batendo o queixo às 3h da manhã).

Colchão inflável:

Esse aqui pega muita gente de surpresa: o colchão inflável pode ser um vilão no frio. Isso porque ele é basicamente uma “bolha de ar” entre você e o chão. E o ar, quando esfria, gela tudo. Resultado? Você pode estar dormindo em algo que parece confortável, mas tá perdendo calor pro colchão a noite inteira.

Pra evitar isso, o ideal é colocar uma manta térmica ou isolante por cima do colchão, antes de deitar o saco de dormir. Outra dica é usar um saco de dormir apropriado pra baixas temperaturas, já que ele vai compensar essa perda de calor.

Colchonete:

O colchonete, apesar de ser mais simples, geralmente tem um isolamento melhor, especialmente os modelos feitos de EVA ou espuma mais densa. Ele bloqueia o frio do chão com mais eficiência, porque não tem ar circulando por dentro. Ou seja, ponto pra ele nas noites geladas.

Se estiver MUITO frio, dá pra reforçar com um isolante térmico por baixo do colchonete ou usar um cobertor entre o chão e ele, criando uma camada extra de proteção.

Quando escolher cada um?

Tá, a essa altura você já entendeu que não existe um campeão absoluto nessa disputa. Tudo depende do tipo de acampamento que você vai fazer, do clima, do transporte e até do seu humor no dia. Mas pra facilitar a vida, vamos aos cenários em que cada um brilha mais:

Quando o colchão inflável é a melhor escolha?

Se o seu camping é daqueles mais tranquilos, você vai se identifcar com alguns dos itens abaixo:

• Você vai acampar de carro e pode levar mais peso e volume sem preocupação.

• Vai ficar vários dias no mesmo lugar e quer um “quarto confortável” no meio do mato.

• Dormir bem é prioridade total e você não abre mão de se sentir numa cama.

• O local tem estrutura (energia elétrica, solo plano, área coberta) — ótimo pra usar bomba elétrica e evitar contato direto com o chão.

• Ou seja, se o camping for mais tranquilo, estilo “quase glamping”, o colchão inflável vai te deixar nas nuvens.

Quando o colchonete salva a pátria?

O colchonete brilha nas aventuras mais raiz, é tipo aquele amigo que topa qualquer parada:

• Vai fazer trilha, travessia ou acampamento selvagem e precisa carregar tudo nas costas.

• Quer praticidade, agilidade e não quer se preocupar com manutenção.

• Está acampando em terreno mais acidentado, onde o risco de furo é alto.

• Vai enfrentar frio e precisa de um isolamento térmico mais confiável direto no chão.

O colchonete é aquele parceiro leal, sem frescura, que topa qualquer parada — do camping raiz ao improvisado no quintal da casa dos amigos.

E você, qual é o seu favorito nas aventuras ao ar livre: colchão inflável ou colchonete? Tem alguma história (ou perrengue!) pra contar com um desses dois?

Conta pra gente nos comentários! Adoramos trocar experiências com outros campistas — e quem sabe a sua dica não ajuda alguém a dormir melhor na próxima trilha?

No fim das contas, colchão inflável e colchonete têm seus altos e baixos — literalmente, inclusive.

Dica final?

A melhor escolha vai depender do seu estilo de camping. Eu, particularmente, já usei os dois — e confesso: cada um funcionou super bem em momentos diferentes. Teve vez que até improvisamos dentro do carro, com os bancos abaixados, e o colchão inflável deu conta do recado. Bom… até furar, né? Mas faz parte! Compramos outro no meio da estrada e seguimos viagem como se nada tivesse acontecido.

No fim das contas, o ideal é testar em situações diferentes e ver o que se adapta melhor ao seu corpo, à sua barraca e ao tipo de aventura que você curte. Cada acampamento é uma história — e a melhor escolha é aquela que te ajuda a curtir ao máximo, com conforto e praticidade na medida certa.